quinta-feira, 31 de julho de 2008

Quase...


Tou quase a embarcar a minha nostalgia (e outras cósitas más...)

Os meus olhos anseiam outras vistas. Urgentemente.

Como diz a canção "a minha sede não é qualquer copo de água que mata. A minha sede é a sede do próprio mar".

Em relação a um pedido, gostava sim de escrever e mostrar durante, mas receio o meu egoísmo de viver cada minuto como nunca mais. Por isso não prometo nada...

Fiquem bem. Sintam-se vivos.

Um abraço especial ao "Special two", que tem muito mais a minha admiração e apreço do que o special one.
Saravá!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O fio da missanga


"A missanga, todos a vêem.

Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas.

Também é assim a voz do poeta:
um fio de silêncio costurando o tempo."


Mia Couto

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Citação


"O que me atrai nos brincos não é as mulheres terem-nos, é o momento em que os prendem na orelha, de queixo esticado e olhos vazios. A mesma expressão, aliás, ao procurarem as chaves na carteira. Parece que se ausentam. Depois voltam a estar ali ao rodarem a fechadura."

António Lobo Antunes

At last!



Já escrevi algures neste blog sobre os navios de cruzeiro que sempre fizeram parte do meu imaginário lhéu...

E qual sonho conseguido, desta vez vou mesmo "embarcar toda a minha nostalgia insular num navio qualquer..."

Noruega, fiordes, Islândia, Irlanda...

Preferia ir como marinheira. Mas como turista é bom também.

Depois conto. E mostro.



segunda-feira, 14 de julho de 2008

Coisas simples.



Hoje que faço anos deu-me pra pensar que muito da pessoa que sou devo-o à minha infância feliz e livre. Rua da Praia; "calhau" todo o dia. Sem cremes de protecção contra nada. Chegar pró almoço (que era obrigatório), murcha da água, cansada e feliz. E à tarde apanhar lapas, caramujos... esgaçar os joelhos. E fazer birras de propósito pra ir prá casa da tia Maria. Que era no campo. Ou então fugir e apanhar boleias de táxis conhecidos. E chegar esbaforida e infeliz com qualquer arrelia à toa e encontrar a tia Maria. Mulher tão mansa, tão boa. Que nunca ralhava. A quem nunca ouvi uma palavra mais alta, uma basfémia contra a vida. E tantos filhos, tanta labuta... E a comida cozinhada a lenha. As batatas doces, a carne de porco, as couves. Os quartos acanhados mas tão frescos. E lá ficava uma semana, que era o que aguentava longe do mar. E nesse regresso ao mar, uma saudade renovada. Como se fosse acabar esse mar. Que acabava no Inverno. E saiam as botas de água e a ribeira por descobrir. Até aonde se podia ir. E parecia tão longe. E as pedras eram tronos. E havia um trono pra cada um. Porque era justo. Coisas simples. E tão boas. Que fizeram, no fundo, a pessoa que sou. E que gosto de ser.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ivan Lins

Preferia a versão da Simone. Mas não consegui...

Vazia!


Peço desculpa a quem visita este estaminé e não encontra nada de novo. O "novo" não tem sido bom. E eu tou tão cansada..

Mas vai passar! Prometo.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Festival de Jazz do Funchal - Começa hoje!



Didier Lockwood abre quinta-feira nona edição.

O violinista francês Didier Lockwood é o cabeça-de-cartaz do primeiro dia do 9º Festival Jazz do Funchal, que se inicia quinta-feira nos jardins da Quinta Magnólia com a actuação da vocalista madeirense Angelina.
O saxofonista norte-americano Phil Woods, a vocalista brasileira Rosa Passos e o pianista cubano Chucho Valdés são os outros nomes sonantes do festival, que é organizado para a Câmara do Funchal pela empresa portuense Discantus.
A jovem cantora Angelina vai apresentar pela primeira vez no Funchal o seu CD de estreia, intitulado 'Jazz Feelings'.
A primeira noite do festival, uma quinta-feira, é encerrada por Didier Lockwood um músico ecléctico cuja carreira de 30 anos é testemunho de múltiplas influências musicais pelos mais diversos estilos musicais.
Na segunda noite do festival destaca-se a actuação do Quinteto de Phil Woods, um saxofonista da primeira linha dos últimos 50 anos de jazz que no início da sua carreira tocou com Dizzie Gillespie, Quincy Jones e Benny Goodman, entre outros.
O harmonicista francês J. J. Milteau, um bluesman virtuoso que se destaca pela energia com que se apresenta em palco, encerra, com o seu quinteto, a segunda noite do Funchal Jazz.
A abertura do terceiro dia do Funchal Jazz está a cargo da cantora e guitarrista de jazz brasileira Rosa Passos, celebrada pela crítica e pelo público pelo seu 'swing extraordinário' e pela sua voz poderosa.
Com uma carreira de 40 anos, Rosa Passos, que vem acompanhada por um grupo de músicos de grande qualidade, é celebrada nos Estados Unidos como "uma das personalidades musicais brasileiras realmente dedicadas à reinvenção da música do seu país sem preocupações comerciais".
O concerto de encerramento do 9º Funchal Jazz está a cargo do cubano Chucho Valdés, por muitos considerado, como o melhor pianista do mundo.
Senhor de uma técnica extraordinária e de uma criatividade transbordante, Chucho Valdés fundou em 1973 o grupo de jazz Irakere, com Paquito de Rivera e Arturo Sandoval, que se celebrizou pela fusão entre as linguagens do jazz, do rock e da música cubana.
Chucho Valdés, que vem acompanhado por um quinteto, tem na sua extensa discografia, algumas da mais impressionantes páginas do piano de jazz das últimas décadas.
DN Madeira - 03-07-2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

:: Não force nunca


Aqui deixo um conselho que lhe poderá servir para a sua filosofia:

- não force nunca

seja paciente pescador neste rio do existir.

Não force a arte, não force a vida, nem o amor, nem a morte.

Deixe que tudo suceda como um fruto maduro que se abre e lança no solo as sementes fecundas.

Que não haja em si, no anseio de viver, nenhum gesto que lhe perturbe a vida.


Agostinho da Silva