terça-feira, 30 de junho de 2009

Encontros e desencontros


Já reflecti muitas vezes acerca da importância de algumas pessoas nas nossas vidas. Ainda assim, não consegui chegar a certeza nenhuma que me garanta algum significado.
Cruzamo-nos e descruzamo-nos diariamente com um sem número de pessoas. Dessas, as que se intrometem no nosso caminho não perguntam (nem respondem) se vão de passagem ou se vão acampar nas nossas vidas. Também não sabemos responder às perguntas que não temos acerca delas. Ainda gostava de um dia conseguir ter um mecanismo diferenciador (leia-se medidor) do espaço que cada uma vai ocupar em mim. Qual será o indicador que faz com que algumas permaneçam? Essas que tampouco precisam de estar fisicamente? Essas que, mesmo longe, guardamos em nós? Essas que a nós se agrafam e que sem esforço algum mantemos tatuadas na memória? Não acredito no acaso do destino, menos em encontros fortuitos. Talvez sejam perguntas sem resposta.
Talvez só assim faça sentido.
Faz mais sentido, aliás.
Faz muito mais sentido.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

10º Funchal Jazz Festival


Nos dias 2, 3 e 4 de Julho, a Madeira acolhe o "Funchal Jazz Festival" , que será o 10º Festival Internacional de Jazz organizado pela Câmara Municipal do Funchal.
Vai ter lugar no Parque de Santa Catarina, em pleno centro histórico da cidade (é ?).
Na primeira noite actuarão Vânia Fernandes, cantora madeirense, e o mestre francês que revolucionou a história do acordeão, Richard Galliano Tangaria Quartet. No dia 3 sobe ao palco Ron Carter, um dos mais respeitados contrabaixistas da actualidade, e Guida De Palma & Jazzinho, um projecto sediado em Londres. Benny Golson e Cedar Walton Quintet abrem a última noite exclusivamente com temas de sua autoria e Alejandro Luzardo y La Candombera vão fechar o evento, prolongando as últimas horas de sábado até às primeiras de domingo.
Bom mesmo era se desse pra montar tenda...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os valores do Séc. XXI segundo Quino








Michael Jackson - Thriller

Em jeito de homenagem e porque de poeta e de louco, todos temos um pouco. Ele tinha muito, pronto.

Antipatias II


Miguel Sousa Tavares, outro senhor, que entre muitas coisas, também é escritor e que não me cai no goto. Aqueles esgares entre o snob e o desdenhoso, aquele jeito de quem é dono de todas as verdades, tira-me toda a vontade de ler seja o que for que escreva. Não leio. Acho que falta alguma (muita) humildade a estes intelectuais.
Estas "superioridades" não combinam comigo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Antipatias


Já li e gostei de alguns livros do Saramago. De outros nem tanto. O "Ensaio sobre a cegueira", não consegui acabar. Deprimente. Do que não gosto decididamente é da notória antipatia do homem. Não tem carisma nenhum. Parece que lhe cuspem na sopa todos os dias. Chiça!
Podia aproveitar a sua parecença com um cágado velho e ser mais simpático. Mas não.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Time out


O que levará algumas pessoas a esconderem-se atrás de um blog ou de um msn na procura de relações interpessoais e/ou amorosas? Terá a palavra escrita o mesmo peso da oral?
Substituirá a palavra escrita a oralidade?
A força de um olhar, a expressividade dos tons orais, os silêncios que tanto e as palavras que nada dizem, a empatia inexplicável, as mãos que falam, os ombros que denunciam, o ping-pong verbal, a conversa continuada, .....
Será alguma vez substituível?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

nina simone - my baby just cares for me

tanta gente interessante no mundo…


São várias histórias, desde a mulher de trinta anos que trabalha como taxidermista, ao senhor de 67 anos que conserta coisas que achamos que mais ninguém usa: gravadores de voz, fax, máquinas de escrever…; ao rapaz que toca música no metro, à cantora de piano bar…
O dia-a-dia dessas pessoas tornou-se uma galeria chamada One in 8 Milion, que está no site do New York Times. Os conteúdos não têm texto, são só fotografias e o áudio de cada uma dessas pessoas, contando a sua própria história.
Algumas navegações pela net valem realmente a pena, digo-vos!

terça-feira, 16 de junho de 2009

de água na boca


o foodgawker, como o nome em inglês indica, é de nos deixar de água na boca. Ele é uma galeria onde outros blogs e sites de gastronomia postam as suas melhores receitas. Aí, ele fica assim, com essas coisas deliciosas (imagino), pra irmos navegando e ver o que mais deu vontade de comer. É só clicar na foto mais apetitosa que ele abre a receita no site “original”. Nham, nham…

Saudade take 2


Vontade de rever, de ter outra vez, de abraçar outra vez, de beijar outra vez, de viajar outra vez, de sentir outra vez, de correr outra vez, de tudo outra vez. Uma outra vez.
Só se sente saudades do que já se teve; do que já se provou; do que já se sentiu; do que já se experienciou.
Só se sentem saudades de pessoas, de locais, de sabores, de sensações. Ninguém, suponho, tem saudades do que não foi, do que não viveu, do que não viu.
Muitas vezes, a saudade, é um sentimento salutar e bom; a saudade que traz boas recordações, que faz companhia. Outras tantas não, outras dói; a saudade de quem já se foi, e já não volta. Jamais. Neste último caso, a pior saudade surge-nos quando estamos sentados ao lado de alguém que sabemos já não voltar a ter - expoente máximo da dita. Esta má saudade, obriga-nos a um exercício de balanço mental, a uma reflexão sobre o real sentido da nossa vida. Do nosso eu - Pretérito, Presente e Futuro.
Insisto, só sente saudades quem viveu; porque se o viveu, e porque marcou; o bom e o mau. Assim, viva-se.
Viva-se para se sentir saudades.
Sejam elas quais forem.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Adriana Calcanhoto - Oito anos

Porquê?

Filosofia de algibeira, numa manhã de segunda-feira...


Serviria de alguma coisa sair diariamente de casa 10 minutos mais cedo? Seria diferente? Ou ter chegado à vida adulta mais cedo? Ou viver noutro país? Convenhamos, é extraordinariamente cómodo pensarmos que, em determinada altura, optámos por uma realidade desajustada, errada até. Pensarmos que existe uma realidade paralela, mais confortável, que sempre nos acompanhou sem por ela darmos. É um capricho egocêntrico imputar responsabilidades ao que não aconteceu. Partir a conta com quem não se conhece. Pois, não é assim que as coisas se fazem. Sem a nossa presença física nenhuma realidade se satisfaz. Mesmo estando é o que é. Porque ninguém salvaria um amor que tivesse de acabar, como ninguém compreenderia os seus pais se tivesse nascido antes, como ninguém seria são se guardasse memórias da dor.
A realidade não multiplica mas torna uno. Passa tudo pela aceitação, contrariamente à tábua rasa. São confortáveis estes entendimentos. O aceitar das dores em pretérito ajuda-nos a diminuir-lhes a intensidade. Continua tudo possível. As possibilidades não morrem com o tempo. Está-se sempre a tempo. A viagem na felicidade ainda se pode fazer. Sem se questionar, porque as perguntas diminuem a alegria do presente. A nossa história é uma soma de tanto. É uma soma de tudo. Quantas destas horas as passei sem ver? Um terço? Uma década então. Alguma coisa terá ficado pelo caminho, alguma coisa terei perdido. Outra ganho… não sei bem. O que não me lembro posso ainda imaginar. A memória não se contraria. O sonho é poesia. Sonhar, melhor, imaginar é treinar com vontade. E eu, bem, eu sempre treinei melhor do que joguei.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mentes Brilhantes*


Como a inspiração anda em baixa por motivos vários, aqui vai o artigo do Miguel Carvalho, na Visão. Que subscrevo e assino em baixo.

Não sei se já repararam, mas Portugal tem, desde o último domingo, um problema de "ingovernabilidade".. Ao contrário do que seria de supor, o problema de "governabilidade" não é decorrente da hecatombe eleitoral do PS nas "europeias". Ao que parece, nem sequer resulta das trapalhadas em que os socialistas se meteram ao longo deste tempo. Nem - já agora - da identidade que perderam, se é que alguma vez a tiveram. O problema da "ingovernabilidade" muito menos decorre da vitória do PSD nas eleições europeias. Nem da memória do seu registo recente de passagens pelo Governo.
Habituados a considerar "governabilidade" o dois-em-um em que os partidos "do arco do poder" vão gerindo a estafada vidinha pública em Portugal desde os primórdios da democracia, o habitual desfile de comentadores vê o risco de "ingovernabilidade", isso sim, na subida "preocupante" de uma denominada "esquerda radical".
Pela voz de alguns opinadores de serviço - a este respeito, as noites eleitorais são uma visita guiada à variedade da fauna - ficamos, pois, a saber que o facto do Bloco de Esquerda e a CDU terem ultrapassado os 20 por cento de votos é que é potencialmente perigoso para a democracia. A democracia, essa, é que continua a não fazer caso de sondagens e opinadores e lá vai aparentando, pelo menos nos votos expressos, uma aparente tendência para chatear.
Confesso que não sei como pode ser ingovernável algo que ainda não se conhece. Neste capítulo, muitos dos nossos comentadores não se distinguem de um conservador empedernido: preferem um mal que conhecem a um bem desconhecido. Na verdade, passam o tempo a desancar os governos que temos, os partidos que temos, os políticos que temos, os escândalos que temos e a democracia que não temos. Mas na hora em que paira no ar a possibilidade de um novo panorama político condicionar seriamente a paz podre do regime, multiplicam-se os alertas sobre os perigos da "ingovernabilidade".
Quer isto dizer que a "ingovernabilidade" só é capaz de ser uma coisa boa se tiver a aparência de governabilidade. E incluir os habituais protagonistas da chamada "alternância de poder". Governável ou não governável, o País dos nossos opinadores aguenta bem o bloco central de facto ou qualquer conveniência de regime. Pelos vistos, o que não suporta mesmo é ter de lidar com algo que possa estragar o arranjinho mais duradouro da nossa democracia.
Ou muito me engano ou já faltará pouco para ouvirmos falar do risco da estabilidade do regime se as esquerdas continuarem a contrariar nas urnas este conceito de democracia a dois. Uma maçada, isto das insignificâncias se tornarem significantes.
*Miguel Carvalho – Visão 08-06-2009

Pois... também eu...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Films Chicken a la Carte by Ferdinand Dimadura

Synopsis: This film is about the hunger and poverty brought about by Globalization. There are 10,000 people dying everyday due to hunger and malnutrition. This short film shows a forgotten portion of the society. The people who live on the refuse of men to survive. What is inspiring is the hope and spirituality that never left this people.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Às crianças


Hoje, comemora-se o Dia Mundial da Criança. A minha homenagem ao que é, sem sombra de dúvida, o melhor do mundo. Às desaparecidas, às escravizadas, às abusadas, a todas as que não têm oportunidade de serem o que são - crianças. Hoje comemora-se um dia que é todos os dias.
Ou deveria ser.

Despedida LUIS FIGO (Inter v Atalanta) lindo

Vou ter saudades deste piqueno.. ai, ai...