sexta-feira, 29 de maio de 2009

Orgulho de mãe

quinta-feira, 28 de maio de 2009

:: relatividade

Tudo o que sentimos é sempre relativo ao que já vivemos. Simples.
Ver um filme, uma peça, ler um livro a primeira vez é sempre mais forte e inesperado que a segunda ou a terceira. Já conhecemos, já sabemos ao que vamos. O mesmo acontece com tudo o que sentimos, vivemos e partilhamos. As alegrias têm sempre um peso diferente quando já as vivemos algumas (muitas) vezes.
E que o mesmo acontece com as coisas que nos perturbam.
Quem já passou por grandes problemas, dá menos importância às pequenas coisas do dia-a-dia. Já são sopros e não ventos fortes que perturbam... e desvalorizamos, como quem diz: isso não é nada, não dramatizes!!
Mas é preciso compreender que quem nos rodeia, relativamente a nós, pode ainda não ter passado por tais apertos. E o que nos parece mais uma pequena coisa, pode ser uma tempestade para outras pessoas.
Sabendo que a dor e a alegria são sempre relativas. Ao que já vivemos. Simples.

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

Miguel Esteves Cardoso (sobre gatos, cães e mulheres) *


Só quando os homens chegam a uma certa idade é que podem dizer com certeza que as mulheres são melhores do que eles em tudo - mesmo na bola, a carregar pianos, a lutar com jacarés ou nas outras coisas em que ganhávamos quando éramos mais novos e brutos e fortes.
Quando se é adolescente, desconfia-se que elas são melhores. Nos vintes, fica-se com a certeza. Nos trintas, aprende-se a disfarçar. Nos quarentas, ganha-se juízo e desiste-se. Nos cinquentas, começa-se a dar graças a Deus que seja assim. Os homens que discordam são os que não foram capazes de aprender com as mulheres (por exemplo, a serem homenzinhos), por medo ou vaidade ou estupidez. Geralmente as três coisas.
Desde pequenino, habituei-me que havia sempre pelo menos uma mulher melhor do que eu. Começou logo com a minha linda e maravilhosa mãe, cuja superioridade - que condescendia, por amor, em esconder de vez em quando - tem vindo a revelar-se cada vez mais. As mulheres são melhores e estão fartas de sabê-lo. Mas, como os gatos, sabem que ganham em esconder a superioridade. Os desgraçados dos cães, tal como os homens, são tão inseguros e sedentos de aprovação que se deixam treinar. Resultado: fartam-se de trabalhar e de fazer figuras tristes, nas casas e nas caças e nos circos. Os gatos, sendo muito mais inteligentes, acrobatas e jeitosos, sabem muito bem que o exibicionismo os vão levar à escravatura vil.
Isto não é conversa de engate. Mas é a verdade. E é bonita.

08.03.2009, Miguel Esteves Cardoso

*versão para homens com poder de encaixe...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Manuela Moura Fedes

Sobre a polémica "entrevista", uma opinião que partilho. Aqui, neste blog.

Tudo aquilo que nos faz


Aquilo que somos enquanto vivemos, o rasto que afinal deixamos no caminho que outros passos darão. De passagem, numa curta viagem da qual nem podemos presumir uma duração.
Aquilo que damos enquanto amamos, a memória do que fazemos enquanto partilhamos o tempo que acontece em cada momento feliz. Alta voltagem, em cada mensagem inclusa num beijo que nos acelera o coração.
Aquilo que dizemos enquanto podemos, a diferença que podemos fazer entre sorrir ou sofrer no destino de quem se cruza no nosso caminho. Uma miragem, no mesmo horizonte onde nos aguarda a outra margem deste rio que desafiamos com a nossa loucura temerária ou com a passividade de uma alimária enquanto tentamos nadar contra a maré que nos puxa para águas mais fundas onde ficamos sem pé, ou nos empurra para a passividade indesculpável perante a contrariedade inevitável à espreita em cada esquina de uma missão impossível ou de um grande amor.
Aquilo que sabemos, melhor ou pior, e que acumulamos algures num espaço que afinal levamos connosco. A certeza do desgosto na surpresa com que enfrentamos o momento do fim porque sentimos a vida assim, interminável, como uma fonte inesgotável da qual podemos sempre matar a sede amanhã.
Aquilo em que afogamos as mágoas pelos outros, sem aprendermos (nem mesmo aí) a lição.
E um dia descobrimos em muito daquilo que fomos, descontando o que desperdiçamos e o que adiámos para depois, o rasto de tempo a mais investido num erro.
Ou numa enorme (des)ilusão.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

As 15 que me lembrei...


Não sou de correntes blogosféricas, mas como veio de quem veio, e até me deu um certo gozo, aí vão, da minha parte, 15 séries de tv, não serão as melhores de sempre, mas foram da minha infância e adolescência, daí terem o seu "peso" (havia umas séries francesas e inglesas muito boas, mas não lembro os nomes...)

- Speedy Gonzales - Actualmente seria... politicamente incorrecto(?), o rato mexicano a enganar o gato... hã, hã?
- Calimero - Pintaínho que nunca perdeu parte do ovo e se fazia muito de vítima
- Os Waltons - Pobrezinhos mas honradinhos
- Bonanza - Tudo bons rapazes
- A Família Partridge – Achávamos o piqueno que cantava o máximo (chiii)
- Fama - Não perdia um! Grande Leroy...
- Colombo - Aquele inspector feioso, que ninguém dava nada por ele, mas que apanhava sempre os bandidos
- A Balada de Hill Sreet - Polícias amiguinhos...
- Cheers (aquele bar) - Série com muita piada, sobre um bar e seus clientes
- Lassie - Cadela mai linda e esperta!
- Pipi das Meias Altas - Uma menina tão engraçada a falar uma Língua esquisita
- Tudo em Família - Quem não se lembra do reaccionário Archie Banker? Muito bom!
- O Barco do Amor - Piroseira americana que fez muito sucesso
- Star Trek - O início...
- A Ilha da Fantasia - Mais uma piroseira americana que fez muito sucesso, com aquele anão apatetado.

E pronto - missão cumprida.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Das irreversibilidades


Há quem, felizmente, em um determinado momento, se defronta com aquilo que realmente é essencial e imprescindível para si. Um momento qualquer em que as coisas adquirem uma claridade estúpida e encantadora, em que não existe dúvida a não ser sobre quem fomos capazes de achar que éramos até ali. É um momento definitivo, do qual não existe fuga, protesto, disfarce, camuflagem, ignorância, reversão ou piedade.
Daí por diante, ou lutamos pelo essencial imprescindível - que até então nem sonhávamos existente ou possível - ou passamos o resto dos tempos fingindo que o que tínhamos e o que éramos é suficiente.
Há os que mentem bem ou mal para si mesmos, mas não existe quem consiga acreditar que aquele momento nunca existiu.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Descubra as diferenças!


"Nossa Senhora de Fátima pelas ruas de Lisboa e Almada nos 50 anos do Cristo-Rei. Muitos milhares seguindo-a, em oração e adoração. Quinze mil velas e cinco mil terços vendidos em horas. Portugal mudou mesmo?"
Assim se interrogou este Senhor.
Dei por mim a visionar lembranças de infância a preto e branco. E digo que não, não mudou assim tanto...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Facto


90 pessoas apanham a gripe Suína e toda a gente quer usar uma máscara.

Um bilião de pessoas tem SIDA e ninguém quer usar um preservativo

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Basta que sim*


Então o Sócrates vem à Madeira por umas horitas? No fim do mandato e quando já ninguém o pode ver nem pintado? Será que falta algum segredo de Fátima por desvendar?
Não havia necessidadezzzzzzzz...


*Basta que sim = Expressão madeirense que talvez queria dizer "ah sim?" ou talvez não queira dizer absolutamente nada(?)

Prós brasileiros nos entenderem...


"De fato, este meu ato refere-se à não aceitação deste pato com
vista a assassinar a Língua Portuguesa.
Por isso... por não aceitar este pato... também não vou aceitar
ir a esse almoço para comer um arroz de pato...
A esta ora está úmido lá fora... por isso, de fato lá terei de
vestir um fato..."

Recebi esta pérola por email. Para assinar a petição é aqui. Ides, se quiserdes.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tatuagens


Diz a vox populi que tudo o que é bom passa depressa. Permita-me discordar. Tudo o que é bom dura uma vida, agrafa-se em nós, tatua-nos a memória, preenche-nos transbordando.
Ultrapassa-nos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Smog (Bill Callahan) - Rock Bottom Riser

Só me apetece este som. Assim calminho... preciso.

Quero, mando e posso!


Numa terra de prepotências, o encerramento súbito do Hotel Savoy é sem dúvida, mais uma. Despedimento colectivo para 99 funcionários sem apelo nem agravo. E a saírem pela porta das traseiras. Porque a crise presta-se a tudo legitimar. Surgirá novo projecto megalómano do mister bronco, não se duvide...
A notícia aqui.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pequeno dicionário idiossincrático da memória*


AMIZADE é compartilhar a vida com aqueles que amas, por mais diferentes que eles sejam.
AMOR é quando o resto da tua vida, não te é suficiente para a compartilhares com essa pessoa especial.
ANGÚSTIA é um nó muito bem apertado no meio da tranquilidade.
ANSIEDADE é quando os minutos parecem intermináveis para conseguires o que queres.
ARREPENDIMENTO, é a cicatriz de uma ferida que fazemos em nós mesmos.
CULPA é quando se está convencido que se podia ter feito algo diferente, mas que nem sequer se tentou.
FELICIDADE é um momento que não tem pressa nenhuma.
IMATURIDADE é uma venda para os olhos com a qual nascemos. Quanto mais se vive e mais se sofre, mais cedo se consegue retirá-la. Contudo, há quem, em vez disso, continue a usá-la, chamando-a de «certeza».
INDECISÃO é quando tu sabes muito bem o que queres, mas parece-te que deverias optar por outra coisa.
INTERESSE é um sinal de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
INTUIÇÃO é quando o teu coração dá um salto no futuro e regressa imediatamente.
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário.
PAIXÃO é quando, apesar da palavra “perigo”, o desejo chega e se instala.
PESADELO, é um lugar terrível onde as coisas das quais fugimos até em pensamento nos encontram.
PREOCUPAÇÃO é como uma cola que não deixa sair do teu pensamento aquilo que nem sequer aconteceu.
PRESSENTIMENTO é quando passa pela tua mente o “trailer” de um filme que pode muito bem nem acontecer.
PROXIMIDADE, independentemente da distância, é o que sentimos quando a solidão foi embora.
RAIVA é quando o leão que vive em ti, mostra os seus dentes.
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e toma o comando.
RECORDAÇÃO é quando, sem autorização, o teu pensamento torna a mostrar um episódio.
SAUDADE é quando o momento tenta fugir da recordação para aparecer novamente e não consegue.
SEGURANÇA é quando a ideia se cansa de procurar e pára.
SENTIMENTO é a língua que o coração usa quando necessita de mandar alguma mensagem.
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta o coração.
VERGONHA é um pano preto que tu queres que te cubra naquela hora.
VONTADE é um desejo que nos incentiva a fazer novas descobertas.

* Recebi por email. Não sei quem escreveu. Sei que gostei...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Filosófica e prosopopéica


Em que momento a vida nos ensina que se quisermos algo, se realmente quisermos algo - ou alguém - temos que lutar para isso (frequentemente contra nós mesmos?) Quando é que ficamos a saber que sem nos expormos, sem darmos a cara, sem arriscarmos, sem corrermos riscos, sem abrirmos o peito, sem arriscarmos a tomar uma senhora bordoada na cabeça, não levamos nada além do vulgar? Quando é que nos damos conta que é só porque nos expusemos que tivemos realmente chance? Quando é que aprendemos que nem sempre vamos ouvir NÃO? Quando é que aprendemos que se nos contentamos com o meramente vulgar, vamos ser razoavelmente contentes, mas jamais tremendamente felizes? Quando é que aprendemos que razoavelmente contentes não é suficiente? Quando é tarde demais? «Quando» é tarde demais?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A reter


um pássaro a voar não-nunca olha para as asas.

Cartoons



quarta-feira, 6 de maio de 2009


Tal como os "bonecos" do camarada Vasco Granja, as papas Maizena integram o meu imaginário infantil. Com açúcar e uma casquinha de limão, bem bom!
Já não se come disso, claro.
Será que não o mandou comer outros cereais porque têm todos nomes "estrangeirados"?
Olha, come chocapicas e aparece!

É mais ou menos isto


Por mais difícil que seja, às vezes é preciso destruir os bairros mais antigos do nosso passado para, sobre as ruínas da cidade que nós somos, poder construir algo de novo.
É tudo uma simples questão de urbanismo.