O tempo traz-nos consciência e maturidade. E mudanças. Existem coisas que podem (muito facilmente) ser substituídas, temos até prazer em trocá-las por novas; porque coisas há que são impessoais, logo descartáveis - assim que se esgotam. Outras têm o seu tempo, e aceitamos isso resignados. De algumas sentimos saudades. De outras não - nenhumas. Temos ainda as que queremos que acabem assim que possível. Importam as que desejamos (ardentemente) que durem para sempre. Estas últimas são as que alimentamos. São as que bebemos. São destas que vivemos. Porque a partir de determinada altura, toma-nos de assalto uma sensação quase certeza da incapacidade de nos lembrarmos de como era a nossa vida antes destas. Instalaram-se e (sem pedir licença) sentaram-se, connosco e ao mesmo tempo, ao nosso lado. Afinal, sempre lá estiveram, só não as conhecíamos. Coisas de uma vida inteira. De toda uma vida.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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