segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Very fashion


A moda, aparte da futilidade ou materialismo que lhe queiram agrafar, é cultura. A moda traduz o comportamento contemporâneo. De mulheres e de homens. De ambos.
Antes de mais nada, a roupa com que trajamos tenta despir-nos. Tenta dizer quem somos, ao que viemos e o que pretendemos. Ainda que se não queira, é esta a realidade que vivemos (e não acredito na não-importância do que se veste, acredito sim na maior ou menor importância). Antes de falarmos, já alguém olhou para nós. Muito antes. Não falo acerca do bom ou mau gosto, uma vez que esse é duvidoso e discutível. Reporto-me à mensagem subliminar que está adjacente ao que se veste – elegante, básica, sensual, brejeira ou fashion victim.
O que importa referir é que, independentemente do estilo adoptado, o embrulho vaporiza-se em menos de 5 minutos. A partir do momento em que se abre a boca começam as verdadeiras impressões. As marcas. O que fica e permanece. Há quem o chame de conteúdo ou interior. O que verdadeiramente conta são as palavras, os sorrisos, a sinceridade, os gestos. O que conta, ao contrário da moda, não vai e volta. O que conta, diz quem somos, não tenta dizer.
A moda vale a satisfação do espelho, deste nos mostrar o que queremos e gostamos de ver. Despirmo-nos de embrulhos e continuar a gostar em igual medida; estar bem vestido emocionalmente não tem preço. Definitivamente.

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