sexta-feira, 4 de maio de 2007

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa!


O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra hoje, é assinalado pela organização Repórteres Sem Fronteiras com a divulgação de uma lista de 34 "predadores" de jornalistas, que inclui, pela primeira vez, cartéis de droga mexicanos.

Por ocasião do 17º aniversário da data, a RSF aponta o dedo a responsáveis políticos, a chefes de grupos armados e a líderes de cartéis da droga pelas ameaças à liberdade de imprensa, nomeadamente através da agressão e morte de repórteres. A organização atribui aos cartéis da droga a responsabilidade por uma boa parte dos 24 assassínios de jornalistas registados no México desde 2001, incluindo o do correspondente da Televisa em Acapulco, Amado Ramírez, morto no início de Abril passado.

Para a lista entraram este ano o presidente do Laos, Choummaly Sayasone, e o do Azerbeijão, Ilham Aliev - este último acusado pela RSF de condenar os jornalistas e os órgãos de comunicação contrários ao poder.

Os grupos islamitas armados do Afeganistão, Bangladesh, Iraque, Paquistão e territórios palestinianos, o rei da Arábia Saudita, Abdallah Ibn Al-Saoud, os presidentes chineses e russo, Hu Jintao e Vladimir Putine, e o líder iraniano, Ali Khamenei, são outros dos nomes indicados pela Repórteres Sem Fronteiras.

Na lista continua Fidel Castro, que passa a ter a companhia do irmão, Raul Castro, afirmando a RSF que Cuba tem 26 jornalistas nos seus cárceres, o mais recente dos quais, Oscar Sánchez Madan, foi condenado em Abril a quatro anos de prisão num julgamento sumário.

A Colômbia também continua a marcar presença na lista, devido ao chefe paramilitar Diego Fernando Murillo Bejarano e ao guerrilheiro Raúl Reyes, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que entre 1997 e 2005 sequestraram 50 jornalistas.

Na Colômbia os jornalistas são também pressionados por grupos que reúnem paramilitares desmilitarizados, caso do Águias Negras, suspeito da morte do jornalista de rádio Gustavo Rojas, em Fevereiro de 2006.

Da lista de "predadores" da liberdade de imprensa saíram o rei do Nepal e o chefe dos maoistas nepaleses, após a assinatura de um cessar-fogo no país.

A RSF recorda que, este ano, 29 jornalistas e colaboradores dos meios de comunicação foram mortos por terem exercido o seu ofício, encontrando-se 129 detidos e 13 como reféns. De acordo com dados da World Association of Newspappers no ano passado 110 jornalistas morreram no exercício da profissão. Só no Médio Oriente e Norte de África morreram 49 jornalistas, 45 deles no Iraque.
Lusa
http://www.worldpressfreedomday.org

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