


Banda desenhada de Didier Comés conta uma história sensível e de uma terna melancolia, sobre um jovem mudo e deficiente mental cuja inocência choca com a intriga e a perversidade da aldeia perdida da França profunda em que vive.
Através de uma descrição desencantada da França rural, em que a ignorância e obscurantismo se misturam com a magia e a superstição, Comés criou uma intriga inesquecível, em que os traumas da perda da inocência se misturam com os prazeres da descoberta do amor. Mas que é também uma história de vingança e, antes de tudo, um libelo acusatório contra os que usam a violência como arma do ódio contra a diferença; em especial contra a diferença que não se consegue manipular.
Um mergulho no preto e branco. Intenso. Uma paixão imediata. É um livro que se sente a cada página, desenhos que gritam e entranham em nós. Um silêncio que ensurdece. Um silêncio que dói.
Por tudo isso, "Silêncio" ocupa um lugar especial no meu imaginário.
"E vocês dirão para vós mesmos que um tipo assim é demasiado fantástico para ser verdadeiro" - que é 'Silêncio'. "Se vocês acreditam no esterco, na noite espessa, é preciso acreditar também no dia límpido, porque eles andam juntos. É preciso acreditar em Silêncio".
Prefácio de Henri Gougaud
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